O que você sabe sobre a anatomia canina?
Há bons motivos para se informar a respeito.
Isso vale tanto se você faz parte das famílias que têm ou buscam um pet para chamar de seu, quanto para trabalhar na área.
Afinal, adotar um cachorro exige muita responsabilidade e cuidados diários.
Ser o responsável por atender o animalzinho nas horas difíceis, preservando a sua saúde e bem-estar, mais ainda.
E é por isso que estamos propondo, com este artigo, que você conheça melhor a anatomia canina.
A partir de agora, vamos falar sobre como funciona a anatomia interna e externa dos cães e qual curso aborda o tema para avançar no aprendizado.
Não deixe de conferir informações técnicas que vão ajudar a compreender um pouco mais sobre como o organismo desses animais.
Pronto para começar? Vamos lá!
Por que estudar a anatomia canina?

O relatório Mercado Pet Brasil 2018, da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), traz dados que ajudam a responder por que você deveria considerar estudar a anatomia canina.
O primeiro deles diz respeito à população de cães que vive no país: ao todo, eles são 52 milhões.
Já o segundo está relacionado aos valores movimentados pelo mercado pet em território nacional: só em 2017, foram R$ 20,3 bilhões.
Para quem considera começar a trabalhar no segmento de medicina veterinária, isso significa investir em um ramo que está em plena expansão, mas que também exige conhecimento e uma entrega qualificada.
Afinal, mesmo que você decida atuar apenas como investidor ou administrador de um negócio, é importante conhecer aspectos básicos sobre os cães.
Pode ter certeza de que vai chegar a sua vez de responder a perguntas bastante específicas enquanto circula pelo seu petshop ou clínica veterinária.
Se o objetivo é ir além e ainda alcançar a formação como veterinário, nem é preciso dizer o quanto vai ser necessário se dedicar.
Por isso, que tal começar pelos aspectos anatômicos? Essa é a base de tudo.
Anatomia canina

Com uma expectativa de vida que varia entre 10 e 20 anos, o cão pode ser descrito como um animal social, com excelente audição e olfato, bom caçador e com alta capacidade de aprendizagem.
A estimativa é de que existam mais de 400 raças de cachorros em todo o mundo, o que acarreta em inúmeras especificidades, inclusive em termos anatômicos.
Afinal, como esperar que um cão adulto de três quilos tenha exatamente a mesma estrutura que outro de 90 quilos? O tamanho pode, inclusive, afetar a expectativa de vida.
Assim como acontece com a maioria dos mamíferos definidos como predadores, os cachorros possuem uma musculatura forte.
Além disso, têm dentes que permitem a captura de presas e também um sistema cardiovascular poderoso, preparado tanto para corridas rápidas quanto de longas distâncias.
Vale lembrar que o conhecimento da anatomia é um pré-requisito para o exercício da prática médica – incluindo, é claro, a veterinária.
Vamos a alguns detalhes?
Anatomia externa do cachorro
Em termos de características externas, o corpo do cachorro pode ser dividido em cinco partes: cabeça, pescoço, tronco, membros e cauda.
A seguir, vamos abordar, de maneira específica, as duas últimas – afinal, elas são mais do que características dos cães.
São, nesse caso, muito importantes para entender o comportamento desses animais
Patas
Os membros conhecidos popularmente como patas permitem ao cão caminhar, correr ou mesmo saltar com agilidade.
Enquanto as traseiras são robustas e rígidas, as dianteiras possuem características inversas: são flexíveis e soltas.
De maneira geral, as patas podem ser classificadas como pequenas e com dedos bastante juntos, com um caminhar que se apoia nas almofadas plantares – aquelas mesmo que você sempre fica com vontade de apertar -, que correspondem à sola do pés.
A coloração pode variar bastante de raça para raça e até mesmo de cachorro para cachorro.
Elas são compostas principalmente por tecido adiposo, de modo a protegê-las do contato com o calor ou com o frio excessivos.
Outra característica das patas, especificamente as dianteiras, é a presença de cinco dedos.
Quatro deles ficam apoiados no chão – e são suportados pelas almofadas plantares – e o quinto, chamado de ergot, é atrofiado e não descansa no chão.
Localizada no interior do pé, essa pequena garra não possui função.
Isso não significa, porém, que possa ser ignorada: quando não aparada devidamente, a unha pode crescer em excesso e enroscar nas mais diversas superfícies ou até mesmo gerar ferimentos na pele do animal.
Cauda
A cauda ou rabo é um traço característico dos cachorros e fundamental para a comunicação deles.
Aliás, atire a primeira pedra quem nunca tentou adivinhar o que o seu cão estava sentindo a partir da maneira como ele movia o rabo.
Mas você sabia que a cauda é uma extensão da coluna vertebral?
Assim como a espinha dorsal, ela é composta por vértebras, separadas por discos, que oferecem flexibilidade e também amortecimento.
Ou seja, é por conta dessa combinação que o seu pet consegue balançar o rabo com tanta intensidade quando está feliz.
O número de vértebras costuma variar entre 5 e 20, que são maiores na base e vão ficando menores conforme se aproximam da ponta.
Por conta dessa composição, no entanto, a cauda pode sofrer fraturas.
As fraturas mais leves, especialmente aquelas que acontecem na ponta, costumam se curar por conta própria.
Já as localizadas mais perto da base podem representar danos mais severos e exigem um acompanhamento veterinário mais rigoroso.
Anatomia interna do cachorro

Agora, é hora de abordarmos a anatomia interna do cachorro, que guarda todos os sistemas responsáveis por manter o organismo do animal em funcionamento.
Vamos conhecer algumas de suas particularidades?
Coração
Órgão central do sistema circulatório, o coração canino tem quatro cavidades, assim como o humano: dois ventrículos e dois átrios.
O sangue entra pelo átrio direito e se desloca até o ventrículo direito, responsável por bombear o líquido até os pulmões.
Depois, o fluido retorna ao átrio esquerdo e, então, para o ventrículo esquerdo – local a partir do qual é bombeado para o restante do corpo.
De maneira simples, o coração pode ser definido como um conjunto de vasos modificados, um órgão muscular que tem como tarefa bombear o sangue ao longo do sistema circulatório, irrigando todo o organismo.
Esse processo ocorre a partir de movimentos contínuos de contração (sístole) e de dilatação (diástole).
O volume de sangue bombeado pelo coração durante a sístole é chamado de volume sistólico.
Em um cachorro com cerca de 20 quilos, esse volume equivale a 11 mL.
Na prática, isso resulta em um total de 1,5 tonelada de sangue bombeado a cada dia.
Veias e artérias
Agora que já falamos do coração, vamos focar em outros dois componentes do sistema circulatório: as veias e as artérias.
Embora muitas pessoas acreditem que ambas sejam iguais e que possam ser tratadas como palavras sinônimas, cada uma cumpre uma função no organismo animal, assim como ocorre no organismo humano.
As duas possuem três camadas. Nas veias, porém, elas são mais finas.
O motivo é simples: ainda que dois terços do sangue canino estejam nelas, ele flui com uma pressão muito mais baixa do que nas artérias.
Ou seja, a resistência das paredes não precisa ser tão grande. Assim, possuem uma pequena quantidade de tecido muscular e não contam com lâmina elástica.
Devido à presença menor de oxigênio, outra característica das veias é a coloração mais escura do sangue que por elas circula.
Neste caso, são responsáveis por transportar o sangue do corpo para o coração.
Já as artérias, que levam o sangue do coração até os demais órgãos, possuem uma composição mais espessa.
Ainda assim, é elástica, o que permite que a pressão exercida pela passagem do fluido seja suportada.
Os dois tipos de vasos podem ter quatro tamanhos.
No caso das artérias, grande, médio e pequeno calibre, além de caracterização como arteríola. As veias também podem ser de pequeno, médio ou grande calibre, ou ainda vênula.
Por fim, há ainda um vaso que compreende tanto a porção arterial quanto a venosa: o capilar. De calibre diminuto, ele é responsável por realizar as trocas gasosas no nível celular.
Sistema digestivo
Indispensável para o cão, o sistema digestivo tem como principal missão retirar dos alimentos os nutrientes fundamentais para o desenvolvimento do organismo.
Além disso, suas funções incluem ainda sintetizar e secretar enzimas, produzir vitaminas plasmáticas e expelir sucos digestivos.
Ele é composto pelo canal alimentar, que se estende da boca ao ânus, e ainda inclui glândulas anexas, glândulas salivares, fígado e pâncreas.
O canal alimentar pode ser dividido em cinco partes básicas:
- Boca e faringe
- Esôfago e estômago
- Intestino delgado
- Intestino grosso
- Canal anal.
Se você já teve um cão, é bem possível que já tenha se perguntado para onde vai tanta comida, certo? A resposta está no volume que o estômago de um cachorro de porte médio consegue suportar: 8 litros.
Essa característica está diretamente relacionada à alimentação com base carnívora, que é digerida de forma mais lenta.
Além disso, a mastigação é pouco desenvolvida, o que também acarreta em mais trabalho para o estômago.
Nos momentos em que o animal acaba comendo demais, ele é favorecido por outra característica de seu organismo.
O baço, que faz parte do sistema linfático, cede espaço para que o estômago possa se dilatar mais, aumentando a capacidade digestiva.
Ossos
Na veterinária, a osteologia é a área que estuda a classificação e a nomenclatura dos ossos que fazem parte do esqueleto animal.
Entre as suas principais funções estão:
- Sustentação e proteção do corpo
- Criação de um sistema de alavancas que, em conjunto com a musculatura, dá origem à movimentação feita pelo corpo
- Armazenamento de minerais
- Renovação celular do sangue a partir de processos mitóticos (hematopoiese).
Os ossos podem ser definidos como um tecido vivo, dinâmico e complexo, formado pela junção de tecidos distintos.
Ainda que as raças variem bastante em tamanho e também em forma, a estrutura óssea geral é a mesma.
Assim, o esqueleto canino é dividido em três partes:
- Axial (coluna vertebral, ossos do crânio, esterno e costelas)
- Apendicular (ossos dos membros torácicos e pélvicos)
- Visceral (se desenvolve no osso peniano do cão).
O número de ossos que um cachorro possui depende da sua idade, uma vez que, durante o crescimento, ocorre a fusão de alguns elementos ósseos, que aparecem separadamente no cão jovem.
Além disso, a quantidade também varia entre machos e fêmeas e de acordo com a raça – o motivo está relacionado ao tamanho do rabo.
Considerando tudo isso, é possível dizer que um cão adulto costuma ter entre 319 e 321 ossos.
Músculos
Dada a característica de constante movimentação, a musculatura é outro aspecto anatômico fundamental para os cães.
Especializadas em movimentos de contração e relaxamento, as células musculares – que são controladas pelo sistema nervoso – se agrupam em feixes para dar origem ao que conhecemos como músculos.
Entre as principais funções ocupadas por esse sistema do organismo canino estão:
- Permitir a movimentação do corpo, seja andando, correndo ou mesmo em rotação em torno do próprio eixo
- Proporcionar estabilidade articular a partir do movimento de contração, sendo peça fundamental para que as mais variadas posições, como sentar ou deitar, possam ser mantidas
- Regular o volume e também a continência dos órgãos a partir de movimentos de contração e relaxamento
- Produzir calor a partir da contração dos músculos, o que auxilia a estabilidade da temperatura do corpo.
Cada músculo conta com um nervo que, ao penetrar o seu interior, apresenta ramificações que se conectam à fibra muscular.
É a partir dessa conexão que o impulso elétrico é emitido, o que dá origem ao movimento.
Quando esse processo ocorre de maneira consciente – como, por exemplo, quando decide que quer caminhar -, estamos falando de um músculo voluntário.
Por outro lado, se isso acontece de forma automática, a exemplo dos batimentos do coração, dizemos que o músculo é involuntário.
Útero
O sistema reprodutor canino é composto pelos órgãos responsáveis por produzir, transportar e armazenar as chamadas células germinativas, que têm como responsabilidade dar origem às gametas.
Quando enfim reunidos, as gametas masculinas e femininas geram um novo indivíduo que, ao longo de um período entre 58 e 68 dias, vai ficar abrigado no útero da fêmea.
Em geral, o útero é capaz de suportar entre dois e dez filhotes a cada gravidez. O número, no entanto, depende muito do tamanho da fêmea.
Uma curiosidade é que uma cadela pode gerar, em uma mesma ninhada, filhotes de pais diferentes.
Curso que aborda a anatomia canina

Como foi possível observar até agora, o assunto anatomia canina não é simples.
Por isso, se você deseja investir na carreira ou em um negócio com foco na área de pequenos animais, é realmente imprescindível buscar conhecimento e uma formação específica.
Agora imagine cursar Medicina Veterinária ao lado do maior Hospital Veterinário do Centro-Oeste do Brasil. Na UPIS – Faculdades Integradas, essa é uma realidade ao seu alcance.
As aulas são ministradas no Campus Rural, em laboratórios completos, prontos para atender animais de pequeno, médio e grande portes.
Ou seja, você conta com toda a infraestrutura necessária para iniciar a prática na profissão ao mesmo tempo em que se aperfeiçoa.
Um dos diferenciais do curso da UPIS é o projeto pedagógico, que considera a realidade social e a demanda profissional do mercado para a construção do plano de curso.
Isso significa que o aluno vai estar em constante contato com a tomada de decisões, diante da necessidade de simulação de problemas que vão fazer parte da sua rotina como veterinário.
O curso tem duração de 4.680 horas, período dividido em cinco anos.
Ao longo da formação, o acadêmico vai adquirir sólida formação em áreas como:
- Clínica médica e cirúrgica
- Medicamentos e vacinas
- Fiscalização de produtos de origem animal
- Prevenção e controle de zoonoses
- Saúde pública
- Preservação do meio ambiente e de animais silvestres
- Gerência de agronegócios.
Disponível no mercado há mais de 20 anos, a graduação em Medicina Veterinária da UPIS traz a expertise de quem conta ainda com a oferta de três cursos de pós-graduação.
É a opção ideal para quem deseja complementar sua formação e se especializar ainda mais.
Confira quais são elas:
- Aprimoramento profissional em Medicina Veterinária
- Radiologia para cães e gatos
- Ultrassonografia em animais de companhia.
Conclusão
E aí, gostou do nosso artigo sobre anatomia canina? É apenas um resumo, claro, mas traz uma amostra da complexidade que envolve o estudo animal.
Não por acaso, uma graduação na área exige ao menos cinco anos de estudos e muita dedicação.
Então, para quem considera iniciar um negócio ou seguir carreira na área, a dica é uma só: busque a melhor formação.
Os números mostrados no início do texto exibem o quanto a opção por atuar no mercado de pequenos animais pode ser certeira – e, além de tudo, recompensadora.
Agora aproveite e nos diga: você já havia pensado em cursar Medicina Veterinária? Conte a sua história nos comentários! Aproveite para compartilhar este texto com seus amigos, nas suas redes sociais!
E, se quiser saber mais sobre o curso de Medicina Veterinária da UPIS, não deixe de entrar em contato com a nossa equipe.