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Tudo sobre enfermagem do trabalho: o que é, atribuições e onde atua

Vários enfermeiros em pé

Não é difícil entender porque a enfermagem do trabalho tem ganho cada vez mais espaço no contexto organizacional.

As empresas estão mais preocupadas com a qualidade de vida e o bem-estar de seus colaboradores, pois os gestores se deram conta que um empregado feliz produz muito mais e melhor do que um trabalhador desmotivado e sem perspectivas.

Assim, profissionais da área da saúde têm sido incorporados, gradativamente, à rotina produtiva com o intuito de assegurar a satisfação dos funcionários, bem como a segurança dos mesmos.

Se você quer conhecer um pouco mais sobre a enfermagem do trabalho, está no lugar certo.

Neste artigo, você vai saber, de fato, o que é enfermagem do trabalho, quais são as atribuições da área, locais de atuação, mercado de trabalho e muito mais.

Fique conosco até o final e boa leitura!

O que é enfermagem do trabalho?

Não há muito mistério quando falamos em enfermagem do trabalho. O nome já entrega tudo.

Estamos tratando de um ramo da enfermagem voltado especificamente às atividades laborais.

No entanto, não estamos tão acostumados com essa ocupação. A medicina do trabalho, por sua vez, é muito mais conhecida.

Afinal, sempre passamos pelo crivo de um médico especialista desta área na hora de realizarmos, por exemplo, exames admissionais e demissionais.

Ainda assim, preocupações ligadas à ergonomia, segurança no trabalho, prevenção e recuperação de acidentes, atendimento de emergências, entre outras, tem feito da enfermagem em ambiente organizacional uma especialidade imprescindível em empresas de diferentes tamanhos.

Companhias maiores, inclusive, contam com uma equipe do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), onde o enfermeiro exerce um papel fundamental.

História da enfermagem do trabalho

Enfermagem do trabalho, Enfermeira cuidando de uma paciente
História da enfermagem do trabalho

Talvez esse relativo desconhecimento da enfermagem do trabalho se dê por ser uma especialidade, até certo ponto, recente, ao menos no Brasil.

Se, na Europa, a área passou a ser desenvolvida e ganhar notabilidade a partir dos primeiros registros de acidente de trabalho, ainda no final do século XIX, no Brasil, a primeiro legislação específica sobre o assunto em 1919, com o Decreto de número 3.724.

Mas ainda demorou para que a profissão tivesse o destaque que possui hoje, por exemplo.

Foram uma série de passos pelos quais a enfermagem, em si, teve que cumprir até se estabelecer no cenário atual.

Primeiro, veio a regulamentação da profissão em 1931. Depois, 24 anos mais tarde, a lei autoriza o exercício da enfermagem no Brasil.

Outra importante etapa foi a Conferência Internacional do Trabalho de 1959, que conceituou a já citada medicina do trabalho.

Ou seja, um pontapé inicial para que os profissionais da saúde tivessem uma ligação mais direta com o ambiente organizacional, ainda que, neste primeiro momento, a atuação se restringisse apenas ao tratamento de doenças.

Aos poucos, os cursos de medicina foram aderindo às suas grades curriculares disciplinas a respeito da saúde ocupacional.

Com o incentivo constante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes de trabalho começavam, finalmente, a diminuir.

A década da mudança

A década de 1970 foi um divisor de águas para a enfermagem laboral.

Em 1972, a Portaria de número 3.237 do Ministério do Trabalho obrigava a inclusão de um auxiliar de enfermagem na equipe de saúde organizacional para empresas com mais de 100 colaboradores.

Agora, além do médico e dos engenheiros e técnicos em segurança, o auxiliar de enfermagem também passava a ser um membro obrigatório nas equipes multidisciplinares.

Um ano depois eram criados os primeiros conselhos da profissão.

Nasciam, portanto, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e os respectivos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren).

Diante de uma atuação mais presente e organizada nos bastidores, a categoria conseguiu em 1975, através da Portaria n.º 3.460 do Ministério do Trabalho, a integração do cargo de enfermeiro na equipe de saúde das empresas.

Essa organização fez com que começassem a ser criados os primeiros sindicatos da profissão também. Ainda em 1975, nasceu o primeiro no estado do Rio Grande do Sul.

Como podemos ver, no Brasil, a especialização em enfermagem do trabalho é recente e não tem sequer meio século de reconhecimento.

Ainda assim, em pouco tempo, ela já ganhou o seu espaço e de uma função complementar dentro de uma equipe multidisciplinar passou a exercer um protagonismo.

Hoje, um profissional da área presta atendimento personalizado aos colaboradores e também aos seus familiares, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida entre todos os envolvidos.

Qual a diferença entre enfermagem do trabalho e a geral?

Enfermagem do trabalho, Duas enfermeiras olhando para um tablet
Qual a diferença entre enfermagem do trabalho e a geral?

Em tese, o principal objetivo é o mesmo: fornecer o melhor atendimento possível aos pacientes.

As principais diferenças se relacionam com o local de trabalho em si e o grau de complexidade das intervenções.

Enquanto um enfermeiro do trabalho está mais habituado a atuar em ambientes organizacionais e realizar procedimentos pontuais como imobilizações, curativos e sobretudo medidas preventivas de acidentes laborais, a rotina de um enfermeiro geral é bem diferente.

Primeiro, normalmente, ele atua em hospitais, clínicas e unidades de pronto-atendimento. E, em segundo lugar, que os cuidados são de uma complexidade maior.

Às vezes, é necessário lançar mão de terapias intensivas, conter infecções e lidar com doenças sérias.

Com isso, não estamos dizendo que uma área é mais importante ou difícil que a outras. Apenas que se tratam de ofícios diferentes.

O que faz um enfermeiro do trabalho?

Enfermeiro do trabalho, Enfermeira, em pé, usando um jaleco azul, e um estetoscópio no pescoço
O que faz um enfermeiro do trabalho?

Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, as funções que exercem um enfermeiro do trabalho não se restringem apenas a tratar ferimentos de colaboradores causados por acidentes ocupacionais.

Não. Suas atribuições vão muito além disso, conforme você vai poder conferir na sequência:

Elaborar campanhas de prevenção acidente

Muito melhor do que tratar um problema é evitar que ele aconteça, não é mesmo?

Seguindo essa lógica, toda a equipe do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), da qual o enfermeiro faz parte, deve pensar em iniciativas que ajudem a prevenir os acidentes laborais.

Usar os equipamentos de segurança recomendados, ter atenção redobrada com substâncias tóxicas e inflamáveis, respeitar o tempo de intervalo intrajornadas entre outros, são alguns cuidados especiais que devem ser incentivados.

Promover palestras e treinamentos

Na mesma linha da função anterior, cabe à equipe multidisciplinar de saúde educar os colaboradores a prezarem pela sua qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Nesse sentido, palestras, treinamentos e mesmo dinâmicas de grupo podem ser muito úteis, uma vez que ajudam a conscientizar as pessoas acerca de seus objetivos.

Por exemplo, uma palestra sobre a importância da ergonomia, de como ela pode evitar lesões ocupacionais podem ser uma boa pedida. Isso para citar somente um tipo de iniciativa.

Treinamento de protocolos de segurança também são fundamentais, para que quando algo acontecer, todos saibam exatamente o que precisa ser feito.

Incentivar hábitos saudáveis

Os cuidados com a saúde não devem ser apenas com questões físicas, mas também de ordem mental e emocional. Até porque estresse e ansiedade, por exemplo, são problemas muito comuns nos dias de hoje.

Cabe também ao enfermeiro do trabalho incentivar hábitos positivos para que situações como essas não façam parte da rotina produtiva do colaborador.

Nada de levar trabalho para casa ou abusar das horas extras. Para ter uma boa produtividade, é necessário ter momentos de descanso também.

Por falar em descanso, faça pequenos intervalos durante o expediente. Ouça uma música relaxante, levante para esticar as pernas, dê uma volta.

Parecem medidas tolas, mas você vai ver que elas podem ajudá-lo a manter a sua saúde emocional em dia.

Identificar problemas em potencial

Outra iniciativa importante na prevenção de acidentes é a identificação de problemas.

Às vezes, uma simples readequação na disposição dos maquinários, acessos mais livres e indicações mais visíveis podem fazer toda a diferença.

Lembre que medidas de segurança nunca são demais, especialmente, quando está em jogo a saúde de dezenas ou centenas de pessoas.

É como diria a nossa avó: “Com saúde, não se brinca”.

Pesquisar soluções

Não adianta nada você identificar problemas, se não encontrar soluções para essas questões.

É como se um médico fizesse o diagnóstico de uma doença, mas não a tratasse.

Logo, é preciso reunir a equipe e pensar o que pode ser feito para a situação se resolva.

No caso do exemplo anterior, alguns luminosos no chão, setas indicando os acessos mais próximos e saídas de emergência podem matar a charada.

Mas as soluções nem sempre são simples assim.

Por vezes, é necessário realizar pesquisas mais aprofundadas para entender porque certas coisa estão acontecendo.

Se todo um setor está reclamando de dores na costas, talvez esteja na hora de trocar as cadeiras ou aumentar o número de sessões semanais da ginástica laboral.

Administrar o ambulatório

Quem foi que disse que o enfermeiro do trabalho não pode ter uma cargo administrativo?

Empresas de médio e grande porte, com mais estrutura, costumam ter ambulatório próprio, em que pequenos procedimentos podem ser realizados no local.

Nesses casos, cabe ao enfermeiro chefe gerenciar os recursos e garantir as melhores condições do estabelecimento.

É preciso estar atento e focado no trabalho dos profissionais e no estoque de materiais para que não falte nada na hora de prestar um bom atendimento.

Prestar os primeiros socorros em caso de necessidade

É um cenário que ninguém deseja, mas, em situações de emergência, a rápida ação do enfermeiro do trabalho pode fazer toda a diferença na vida do colaborador.

Cabe a ele, portanto, prestar os primeiros socorros e oferecer a assistência necessária.

Entre as atribuições do profissional estão: aplicar medicamentos, recolher amostras para a realização de exames, fazer curativos, bandagens e imobilizações, além de encaminhar o tratamento médico mais recomendado.

Você imaginava que o enfermeiro do trabalho tivesse tantas atribuições assim?

Isso que nós só elencamos algumas delas. Na verdade, existem muitas outras. Mas serve como um parâmetro de como esse nicho de mercado pode ser interessante.

O mercado de trabalho para o enfermeiro do trabalho

Enfermeiro do trabalho, duas enfermeiras em pé
O mercado de trabalho para o enfermeiro do trabalho

Por falar em mercado de trabalho, a carreira de enfermeiro laboral tem se mostrado uma excelente oportunidade para quem procura a área da saúde.

Como vimos, cada vez mais as companhias têm se preocupado com a qualidade de vida e o bem-estar de seus colaboradores.

Afinal, as próprias empresas têm muito a ganhar com a motivação de funcionários.

O empregado passa a se sentir mais valorizado e seguro quanto a sua posição dentro da organização, fazendo com que ele passe a apresentar mais resultados.

Assim, enfermeiros capacitados têm sido procurados com frequência para ocupar cargos estratégicos dentro de uma equipe multidisciplinar de saúde do trabalho.

Quem sabe essa não pode ser a sua chance de crescer na carreira?

Onde o enfermeiro do trabalho pode atuar

A atuação do enfermeiro do trabalho não está restrita às instalações de uma empresa, ainda que esse seja o seu destino mais comum.

Além de fazer parte de uma equipe de SESMT, este profissional pode montar a sua própria companhia ou trabalhar em uma organização que forneça serviços terceirizados e consultorias a respeito dos cuidados laborais.

Outro caminho possível é a trajetória acadêmica.

Quem seguir essa carreira pode ser professor especialista na área, bem como desenvolver pesquisas que visem, por exemplo, diminuir a incidência de acidentes em ambientes de trabalho ou melhorar o clima organizacional.

Ou seja, trabalhar com enfermagem do trabalho oferece diferentes oportunidades. Ninguém precisa ficar preso a uma única empresa também.

Como as jornadas costumam ser parciais, elas são mais curtas, de 3 horas, então, você pode prestar o seu serviço para mais de uma companhia.

Salário de um enfermeiro do trabalho

No que diz respeito a salário, ser um enfermeiro do trabalho também se configura uma alternativa interessante.

É claro que, para fazer essa conta, você vai precisar avaliar alguns aspectos como, experiência, por exemplo.

Mas mesmo profissionais sem muita rodagem já conseguem ter um bom rendimento, especialmente, por conta do acúmulo de jornadas parciais em diferentes empresas.

Existem diversas plataformas online que calculam a média salarial das mais variadas profissões.

Para que essa consulta seja a mais fidedigna possível, é recomendado oferecer o máximo de informações possíveis, como, localização, tamanho da empresa e senioridade.

No site da Glassdoor, a simulação da média salarial nacional foi um pouco abaixo dos quatro mil reais: R$ 3.988,00/mês.

Já no portal de vaga de empregos Catho, o valor foi um pouco inferior, acima dos três mil e duzentos reais: R$ 3.207,68/mês.

Por fim, a pesquisa salarial do Site Nacional de Empregos é um pouco mais aprofundada e traz números que variam bastante.

Caso você seja um iniciante na carreira e seja contratado por uma companhia de menor porte, seu salário, dificilmente, será superior a R$ 2.100,00.

Mas não se desanime, pois com mais experiência e com oportunidade em uma empresa de maior expressão seus rendimentos podem chegar próximos dos sete mil reais.

Como se tornar um enfermeiro do trabalho

Para se especializar na área de enfermagem do trabalho, é necessária investir em capacitação.

E nesse sentido, nada melhor do que escolher uma instituição com credibilidade e quase meio século de tradição, formando profissionais gabaritados nos mais diferentes segmentos.

Estamos falando da UPIS – Faculdades Integradas, uma entidade que conta com certificação internacional de qualidade, o ISO 9001.

Entre as suas 86 opções cursos de graduação, pós-graduação e extensão, estão as formações em enfermagem e as especializações em saúde do idoso, da mulher, da família, mental e psiquiátrica, infantil e, é claro, a tema deste artigo a enfermagem do trabalho.

Com 420 horas aula e uma grade curricular completa, o curso capacita os enfermeiros a atender às necessidades de saúde dos colaboradores em seus ambientes organizacionais.

O principal objetivo é oportunizar aos profissionais uma melhor qualidade de vida e um nível de satisfação maior com as suas atribuições. Além de oferecer toda assistência necessária em casos de acidentes laborais e na prevenção dos mesmos.

Deixe de perder tempo e passe agora mesmo a investir em você! Acesse o nosso site, conheça essas e outras opções de capacitação profissional e corra atrás de seus objetivos!

Conclusão

A enfermagem do trabalho, como vimos, é uma especialidade da área saúde que se preocupa com o bem-estar dos colaboradores.

Junto com uma equipe multidisciplinar, essa profissão é de grande valia para o contexto organizacional como um todo.

Afinal, não é apenas o funcionário em si que sai ganhando, mas cada parte envolvida.

Os colegas se sentem contaminados positivamente, os gestores começam a ver os resultados aparecerem e a empresa comemora o aumento da produtividade.

Se você já é enfermeiro e deseja seguir essa especialidade, talvez não exista momento melhor para isso.

A valorização do capital humano faz com que o mercado para esse tipo de profissional seja promissor, conforme mostram os números apresentados anteriormente

Mas e aí, já conhecia a enfermagem do trabalho? Considera este artigo relevante?

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Agradecemos a sua leitura até aqui e até a próxima!

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