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Terapias integrativas e complementares: o que é e função do profissional

Profissional inserindo agulha de acupuntura em paciente

Você pode até não saber, mas provavelmente conhece, ouviu falar ou até mesmo já fez um tratamento com alguma das terapias integrativas e complementares.

Quer ver só como isso é verdade?

Florais, yoga, acupuntura, meditação, plantas medicinais e homeopatia são as mais conhecidas das Práticas Integrativas e Complementares, também chamadas de PICs.

Hoje, com aplicativos que ajudam a praticar atividades como yoga e meditação e a busca por tratamentos que ajudem a diminuir o estresse e o uso de medicamentos, as terapias integrativas e complementares têm ganhado muito espaço no mercado.

No Brasil, por exemplo, existem cerca de 9.350 estabelecimentos que ofertam 56% dos atendimentos individuais e coletivos dessas práticas.

O Ministério da Saúde aponta que já são mais de dois milhões de atendimentos somente nas Unidades Básicas de Saúde, sendo mais de um milhão em Medicina Tradicional Chinesa – que inclui a acupuntura.

Ou seja, são números que impressionam, não é mesmo?

Mas, afinal, o que são essas práticas? Qual a formação desse profissional e sua função?

Se esses são seus principais questionamentos, então, você está no lugar certo!

Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre as PICs e o curso de Terapias Integrativas e Complementares.

Boa leitura!

O que são as terapias integrativas e complementares?

Terapias integrativas e complementares, Alimentos utilizados em terapias integrativas
O que são as terapias integrativas e complementares?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as terapias integrativas e complementares são “um conjunto amplo de práticas de atenção de saúde que fazem parte da própria tradição do país e estão integradas ao sistema sanitário principal.”

As terapias integrativas e complementares, também conhecidas como PICs (Práticas Integrativas e Complementares) são, portanto, técnicas e métodos que têm como objetivo promover a saúde e o bem-estar das pessoas.

Baseadas em conhecimentos tradicionais e práticas centenárias de diversos países e culturas, elas são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos para prevenir doenças, como hipertensão, estresse, dores e depressão.

Além disso, as PICs também podem servir como tratamento paliativo para diversas doenças crônicas.

Nesse sentido, são terapias que consideram que os desequilíbrios do corpo possuem mais de uma causa: física, emocional, social e ambiental.

Assim, em conjunto, eles interferem diretamente na saúde e no bem-estar da pessoa.

E as Práticas Integrativas e Complementares atuam para diminuir ou acabar com essa discordância entre as partes.

Por esse motivo, utilizam técnicas naturais e holísticas, em parceria com a medicina convencional, para conseguir restaurar a harmonia entre corpo, mente, emoções e espírito do indivíduo.

Gostaria de um exemplo para entender melhor? Vamos lá!

Imagine que você tenha uma rotina diária extremamente estressante, corrida e repleta de tarefas e prazos para cumprir.

Esse alto nível de estresse pode impedir o cuidado adequado com a saúde.

Com isso, você começa a notar o aparecimento de algumas doenças, como a hipertensão, por exemplo.

Uma alta pressão arterial pode causar problemas de saúde mais graves, como um acidente vascular cerebral (AVC) ou doenças cardíacas.

E você não quer passar por isso, não é mesmo?

É aí, então, que decide buscar a ajuda de um profissional da medicina e dá início aos tratamentos.

No entanto, você não percebe melhora nos sintomas ou elas ocorrem em velocidade aquém da desejada. O que fazer agora?

Ao retornar ao médico, ele te indica duas práticas: a yoga e a meditação.

Essas terapias integrativas e complementares auxiliam a amenizar a tensão, diminuir o estresse e, com isso, são ótimas recomendações para pacientes hipertensos.

Você segue a recomendação médica, claro que sem deixar de realizar o tratamento inicial com os medicamentos e, em conjunto, as duas abordagens podem te ajudar a ter mais qualidade de vida, diminuir a hipertensão e aliviar os sintomas de estresse.

Ou seja, tanto a yoga quanto a meditação foram integradas ao tratamento como práticas complementares para auxiliar na melhora do paciente.

Quais são as Práticas Integrativas e Complementares?

profissional, de terapias integrativas e complementares, colocando pedras nas costas de paciente
Quais são as Práticas Integrativas e Complementares?

Além de ioga e meditação, práticas que citamos anteriormente, existem ainda diversas outras terapias integrativas e complementares.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de maneira integral e gratuita, 29 PICs à população brasileira.

E o melhor: são atendimentos que começam já na atenção básica, que é a porta de entrada do sistema.

Encontradas em 3.173 municípios do país, veja agora quais são as 29 terapias que fazem parte do SUS.

Incluídas em 2006:

  • Medicina Tradicional Chinesa (Acupuntura)
  • Termalismo
  • Antroposofia
  • Plantas Medicinais (Fitoterapia)
  • Homeopatia.

Incluídas em 2017:

  • Ayurveda
  • Arteterapia
  • Biodança
  • Meditação
  • Dança Circular
  • Musicoterapia
  • Naturopatia
  • Osteopatia
  • Reiki
  • Yoga
  • Quiropraxia
  • Reflexologia
  • Shantala
  • Terapia Comunitária Integrativa.

Incluídas em 2018:

  • Aromaterapia
  • Apiterapia
  • Constelação Familiar
  • Cromoterapia
  • Geoterapia
  • Ozonioterapia
  • Imposição de Mãos
  • Terapia de Florais
  • Hipnoterapia
  • Bioenergética.

Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2017, foram realizados no SUS cerca de 1,4 milhão de atendimentos individuais nessas práticas.

As mais buscadas foram a medicina tradicional chinesa – principalmente a acupuntura e a auriculoterapia -, a yoga, a dança circular e a terapia comunitária.

Mas é importante lembrar que as PICs não substituem o tratamento médico tradicional.

Como o nome sugere, elas são terapias complementares indicadas por profissionais específicos de acordo com as necessidades do paciente.

Diferença entre terapias integrativas, complementares e alternativas

Mulher, sentada em um sofá, com as mãos no tórax
Diferença entre terapias integrativas, complementares e alternativas

A melhor forma de entender qual a diferença entre as terapias integrativas, complementares e alternativas é conhecer exatamente o conceito de cada uma delas.

As práticas alternativas são aqueles tratamentos que substituem os convencionais.

Vamos a um exemplo?

Um paciente com câncer que, em vez de seguir todos os protocolos indicados pelo médico, como a realização de quimioterapia e radioterapia, prefere se tratar apenas com suplementos, chás ou outras alternativas que não envolvam químicos.

É importante salientar que muitas das práticas alternativas não possuem comprovação científica e podem acabar se tornando perigosas.

Já as práticas complementares são aquelas utilizadas em paralelo ao tratamento indicado pelo médico e realizado segundo as suas instruções.

É como o exemplo que demos em um dos tópicos anteriores, no qual o paciente realiza yoga e meditação para auxiliar no tratamento contra a hipertensão.

Pode ser também a ingestão de uma dieta balanceada e o uso de florais para ajudar no tratamento de ansiedade ou de perda de peso.

Já as práticas integrais acontecem de forma conjunta ao tratamento convencional, compreendendo uma abordagem que envolve o cuidado do paciente em todas as áreas: física, emocional, social e ambiental.

Nesse caso, a combinação da terapia médica convencional com os métodos complementares têm base em evidências científicas de alta qualidade sobre segurança e efetividade.

Como é o curso de Terapias Integrativas e Complementares?

Pessoas praticando yoga.
Como é o curso de Terapias Integrativas e Complementares?

O curso de Terapias Integrativas e Complementares é uma graduação tecnológica da área de saúde.

Tem duração de dois anos e meio – em média – e forma profissionais para atuar com práticas, equipamentos e técnicas que auxiliam em diversos tratamentos, como depressão, dores, perda de peso, estresse, hipertensão, entre outros.

Nesse sentido, é um curso que tem como objetivo principal formar profissionais preparados para cuidar do bem-estar e da saúde dos pacientes por meio da utilização de terapias que complementam os tratamentos médicos convencionais.

São terapias receitadas por clínicos gerais, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, neurologistas e outros médicos especialistas, fundamentadas em conhecimentos milenares de práticas medicinais tradicionais e antigas, como a chinesa, a japonesa, a indiana e a coreana.

É um curso que pode ser realizado nas modalidades presencial e a distância, sendo uma formação de nível superior ou pós-graduação.

O que se estuda

O curso de Terapias Integrativas e Complementares possui uma grade curricular bastante ampla.

Além de aprender sobre as PICs, principalmente as que são ofertadas no Sistema Único de Saúde, o aluno possui disciplinas específicas da área de saúde e também de empreendedorismo.

Dentre as matérias que abordam as terapias integrativas e complementares, podemos destacar:

  • Terapias Ayurvédicas
  • Shiatsu Corporal e Facial
  • Cromoterapia
  • Aromaterapia
  • A Medicina Tradicional Chinesa e seus fundamentos
  • O que são as Práticas Integrativas Complementares e seus fundamentos
  • Terapias Termais
  • Florais e Terapia Quântica
  • Inovações e Tecnologias
  • Bases da Terapia Oriental
  • Fitoterapia e plantas medicinais.

Na área de saúde, o curso oferta disciplinas como:

  • Anatomia e Fisiologia
  • Prática Clínica
  • Saúde Básica
  • Biossegurança
  • Biologia e Bioquímica
  • Cosmetologia
  • Dermatologia e Distúrbios da Pele
  • Ética e Conduta Profissional
  • Primeiros Socorros.

Essas disciplinas permitem ao aluno tratar o paciente com segurança, uma vez que apresentam e ensinam como se dá o funcionamento do corpo humano.

Além disso, são matérias que desenvolvem no aluno as habilidades necessárias para a realização de ações e procedimentos, atendimentos de emergência, investigação de causas e sintomas, entre outros fatores.

Já as disciplinas voltadas para o empreendedorismo auxiliam o aluno a montar o seu próprio negócio.

Por este motivo, durante o curso são ofertadas matérias como:

  • Introdução ao Marketing
  • Empreendedorismo e Inovação
  • Psicologia Organizacional
  • Identificação e Preparação de Oportunidades de Mercado
  • Plano de Negócios.

Ao final do curso, o aluno estará preparado para empreender, bem como utilizar técnicas de marketing para atrair pacientes e se comunicar com seu público-alvo, gerenciar sua própria clínica e montar um planejamento para tirar a empresa do papel.

O que faz o profissional

O profissional formado no curso de Terapias Integrativas e Complementares, em sua essência, trabalha para promover a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Ao realizar um atendimento mais humanizado, utilizando equipamentos, técnicas e atividades que auxiliam diretamente na recuperação do equilíbrio das emoções, do corpo, da mente e do espírito do indivíduo, esse profissional atua focado no autocuidado.

Ou seja, ele age de forma preventiva e busca orientar as pessoas sobre como cuidar da sua saúde como um todo, se conhecendo e sabendo lidar de forma adequada com as dificuldades e sofrimentos que têm enfrentado.

Portanto, é um curso que forma profissionais capacitados para realizar tratamentos de doenças e outras condições de saúde, a exemplo de:

  • Ansiedade
  • Hipertensão
  • Depressão
  • Emagrecimento
  • Dores
  • Estresse
  • Compulsões.

Tudo isso por meio da utilização técnicas e conhecimentos em terapias e tratamentos que são difundidos e conhecidos mundialmente e também fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS).

Áreas de atuação

O curso de Terapias Integrativas e Complementares permite ao profissional um campo de atuação bastante amplo.

Isso porque ele poderá trabalhar nos sistemas público e privado, com políticas públicas de saúde do Governo Federal ou em consultórios, clínicas e hospitais particulares que possuam um atendimento multiprofissional.

Além disso, por conta da formação que engloba disciplinas voltadas para o empreendedorismo, o profissional formado no curso pode, ainda, abrir um negócio próprio ou atuar como autônomo.

O Brasil, de acordo como Ministério da Saúde, é uma referência mundial quando o assunto é a inclusão de práticas integrativas e complementares nos serviços de atenção básica.

Mas ele não é o único.

Países como Inglaterra, Japão, Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Espanha, Austrália, Canadá, Chile e México também já adotaram as PICs em seus sistemas de saúde.

Isso demonstra que essa é uma área que tem crescido e se desenvolvido exponencialmente nos últimos anos, principalmente por ser efetiva e de baixo custo – dois fatores extremamente relevantes para a área de atenção básica.

Ou seja, ela permite que sejam realizados atendimentos de promoção, manutenção e recuperação da saúde na rede pública, de forma humanizada e com qualidade, reduzindo a necessidade de hospitalização de pacientes e o consumo de remédios.

Mas, afinal, o que isso quer dizer sobre a área de atuação desse profissional?

Quem atua com as terapias integrativas e complementares possui muitas oportunidades na rede pública, como podemos ver.

Nesse sentido, existem diversos concursos para quem deseja trabalhar nesta área dentro da saúde pública.

Além disso, várias unidades e estabelecimentos particulares já oferecem atendimentos e tratamentos com as PICs.

Também é possível encontrar oportunidades para trabalhar em clínicas de terapia, casas de repouso, empresas de médio e grande porte, SPAs, centros de estética e cosmética, entre outros.

Entretanto, existem atividades que são mais conhecidas pelo grande público e, por esse motivo, acabam tendo mais oportunidades no mercado.

Falaremos mais sobre elas agora.

Terapia Ayurveda

De origem indiana, promove a integração entre corpo, mente e espírito ao utilizar práticas de relaxamento, massagens, plantas medicinais, minerais, atividades que trabalham posturas corporais e técnicas respiratórias, além de cuidados com a alimentação.

Aromaterapia

Utiliza os óleos essenciais, que são extraídos de certos vegetais, para promover a saúde do corpo e da mente do indivíduo, restaurando o equilíbrio do organismo.

É uma prática multiprofissional empregada em diferentes setores da saúde para ajudar a restabelecer o equilíbrio não apenas do corpo, mas também do emocional do paciente.

Cromoterapia

Prática que utiliza as cores quentes (vermelho, amarelo e laranja) e as frias (verde, azul, anil e violeta) do espectro solar para ajudar na restauração do equilíbrio de energia e da parte física do corpo do indivíduo.

Auriculoterapia

É uma área específica da acupuntura que estimula pontos energéticos na orelha do paciente com agulhas, esferas de aço, ouro, prata e plástico, ou sementes de mostarda (preparadas para este fim).

Seu principal objetivo é tratar doenças, como transtornos de ansiedade, depressão e hipertensão.

Ela faz parte de um conjunto de técnicas terapêuticas chinesas e francesas.

Banhos e terapias termais

São banhos terapêuticos – que podem utilizar ou não óleos essenciais e calor – para complementar o tratamento do paciente.

Além disso, as terapias termais consistem no uso da água com propriedades físicas, radioativas, térmicas e químicas para aliviar dores corporais, melhorar os sistemas respiratório e circulatório, repor sais minerais e combater o estresse.

Terapia floral

Prática que usa essências de flores para atuar na mente e no emocional do paciente.

Uma das mais conhecidas é a terapia com florais de Bach, mas existem ainda os sistemas de florais australianos, californianos, de Minas, de Saint Germain, do cerrado, Joel Aleixo, Mystica, do Alasca e do Hawai.

Terapia Quântica

Trabalha especificamente com a energia do corpo humano, pois identifica desequilíbrios energéticos no paciente.

Ao utilizar conhecimentos da Física Quântica e equipamentos especiais, o profissional reconhece as desarmonias e usa técnicas para recuperar esse equilíbrio.

Conclusão

Há quem diga que as terapias integrativas e complementares não passam de esoterismos.

Mas, depois desta leitura, acreditamos que você não será uma dessas pessoas.

Ao longo do artigo, vimos que elas estão longe de ser algo tão simples quanto isso, não é mesmo?

Amplamente difundidas no Brasil, as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) já fazem parte da área de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

E, mais do que isso, têm sido muito utilizadas por pacientes do sistema público nos mais de três mil municípios brasileiros que já as oferecem.

Por serem tratamentos complementares aos tradicionais, elas auxiliam na diminuição do número de internações hospitalares, além de reduzirem o consumo de medicamentos pela população.

Além disso, são terapias que utilizam de recursos, técnicas e produtos mais naturais, sendo mais humanizadas e voltadas diretamente para o bem-estar do paciente.

Vimos ainda que existem diferenças entre as terapias alternativas, as integrativas e as complementares.

Sendo que a primeira necessita de bastante atenção, uma vez que substitui completamente o tratamento tradicional.

Enquanto as duas outras são realizadas em conjunto com a medicina tradicional, servindo como auxílio e complemento para a melhora do paciente.

E, se você tem interesse em seguir carreira nessa área, já sabe como é o curso de Terapias Integrativas e Complementares, ofertado pela UPIS – Faculdades Integradas.

Mais do que somente ensinar o aluno a praticar essas técnicas, a graduação também traz disciplinas da área de saúde e de empreendedorismo.

Com uma área de atuação bastante ampla e um mercado que tem crescido nos últimos anos, esses profissionais encontram oportunidades tanto no setor privado quanto no público.

Caso tenha ainda alguma dúvida sobre o tema, entre em contato conosco. Estamos à disposição para te ajudar.

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